Diluição 1:60 e descarbonização 620h são algumas das características da nova divisão de lubrificantes
O óleo lubrificante ainda é muito associado à necessidade de uso em motores de veículos como carros e caminhões, no entanto, todos os tipos de motores, grandes ou pequenos, de baixa ou alta cilindrada, utilizam óleo lubrificante.
Motores de dois tempos, normalmente utilizados em máquinas de jardinagem, karts, embarcações pequenas, modelismo e quadriciclos, também necessitam de óleo lubrificante para alcançar um bom funcionamento. Mesmo tendo uma escala de fabricação menor do que motores de quatro tempos ou de maior cilindrada, os “2T” já estiveram muito presentes no cotidiano do público.
Nas décadas de 60, 70 e 80, os motores de dois tempos equipavam alguns carros e motos que circulavam pelo Brasil, como o caso do DKW Fissore, Vemaguet e Candango, produzidos pela Vemag, que utilizavam a configuração de 1.000 cm³.
“A estrutura de um motor dois tempos é mais simples, consequentemente possui menos força em comparação com motores de outras configurações. No entanto, os cuidados com a lubrificação de cada compartimento se fazem necessários, como em um motor atual”, comenta Denilson Barbosa, gerente de qualidade da YPF Brasil.
Funcionamento do 2T
Essa categoria de motor realiza todas as etapas do ciclo de combustão em duas corridas do pistão, uma subida e uma descida, durante uma única rotação do virabrequim. No início do ciclo, o pistão está em seu ponto morto superior e a mistura de ar e combustível é admitida no cilindro através de uma abertura na parte inferior do pistão ou por uma válvula de admissão.
Conforme o pistão se move do ponto morto superior para o ponto morto inferior, a mistura ar-combustível é comprimida. Nessa etapa, a faísca da vela de ignição (ou a ignição por compressão em alguns motores a diesel) ocorre próximo ao ponto morto inferior.
Então a faísca da vela de ignição inflama a mistura comprimida, gerando uma explosão. A expansão dos gases resultantes da combustão empurra o pistão para baixo, realizando trabalho e fornecendo potência ao motor. À medida que o pistão se move de volta ao ponto morto superior, os gases de escape são expelidos do cilindro através de uma abertura no pistão ou por uma válvula de escape.
“É importante mencionar que o ciclo de combustão de um motor de dois tempos é mais simplificado em comparação com um motor de quatro tempos. A falta de válvulas de admissão e escape e a combinação das etapas do ciclo em apenas duas corridas do pistão resultam em um projeto mais compacto e leve”, completa Barbosa.
Limpeza é fator chave na lubrificação do motor
Como todo motor, uma boa lubrificação se faz necessária para obter o pleno funcionamento da força e eficiência de trabalho. No caso do modelo de dois tempos, ter uma aditivação anti corrosiva plena, uma forte proteção antidesgaste, poder detergente, sistema de limpeza sem formação de vernizes, faz com que o motor tenha uma durabilidade maior e sua usabilidade seja confiável.
“É necessário que o óleo lubrificante para motores 2T tenha excelência na limpeza. A linha desenvolvida pela YPF Brasil conta com as características de diluição 1:60 e descarbonização 620h, além dos benefícios API TC; JASO FD; ISO-L-EGC; TISI: 1040 – 2534 e BIS: T-SL-4”, finaliza o especialista.